O Papa Francisco enviou um rosário para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso há 67 dias. O emissário, porém, foi barrado na entrada da carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba. A justificativa é que ele não era um “sacerdote consagrado”.
Junto com o rosário, Juan Grabois, consultor do papa Francisco para assuntos de justiça e paz, também entregou um bilhete manuscrito a Lula, que não teve o conteúdo revelado.
Grabois afirmou que a visita ao ex-presidente já estava agendada, por isso considerou a negativa “inexplicável”. Ele afirma que o encontro foi impedido por “razões de natureza política”.
“Estou muito preocupado com a situação, estamos frente a um claro caso de perseguição política”, disse ele à imprensa na saída do encontro frustrado. “Visitei presos em situações similares e nunca me deparei com uma negativa dessa natureza.”
O ex-presidente está autorizado pela PF, assim como os demais presos, a receber visitas de cunho espiritual às segundas-feiras. O Congresso em Foco entrou em contato com a PF, mas não obteve resposta até o momento.
Lula está detido no local desde 7 de abril, acusado de lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso do tríplex do Guarujá.