Março 21, 2019
Rachaduras em barragens e reservatórios de água colocaram a Defesa Civil de Itajaí em alerta. Um relatório técnico do órgão apontou que as estruturas apresentam risco de rompimento. O Serviço Municipal de Água, Saneamento Básico e Infraestrutura (Semasa) vai investir R$ 11 milhões para obras emergenciais. O prazo para os trabalhos ficarem prontos é de seis meses.
Quem está perto das estruturas, preocupa-se. É o caso do aposentado Celso Lana, que mora abaixo da estação de tratamento de São Roque. Parte da encosta da barragem está cedendo. “A gente fica preocupado, né? A gente convive com o perigo, aí é uma preocupação”, disse.
Estruturas apresentam risco de rompimento em Itajaí — Foto: Reprodução/NSC TV
Na estação de tratamento, passam mil litros de água por segundo, que abastecem as cidades de Itajaí e Navegantes. Só que a estrutura corre risco de rompimento, segundo o relatório.
“Nós começamos a perceber que a estrutura das descargas encontram-se já fissuradas, com trincas bem robustas, e também trincas no solo. Como se pode perceber, toda essa região de solo aqui está se movimentando”, afirmou o engenheiro civil Nei Dionísio Locatelli.
O levantamento mostra também problemas na Estação de Recalque de Água do bairro Fazendinha. Na barragem no canal do Rio Itajaí-Mirim, há várias rachaduras e as proteções na encosta cederam, o que traz risco de um possível colapso
Estruturas apresentam rachaduras em Itajaí — Foto: Reprodução/NSC TV
“Esse problema da barragem na salina daria uma salinização muito grande na água, tanto de Itajaí quanto de Navegantes, e afetaria grandemente as indústrias, a pesca. Em relação à estação de tratamento de São Roque, há residências que ficam no pé da encosta do morro e um eventual rompimento dessas barragens poderia causar sérios danos à vida das pessoas”, afirmou o diretor do Semana, Diego Antônio da Silva.
Ele disse que a empresa contratada aguarda autorizações para começar os reparos nas estruturas: “Ela já está com o canteiro de obras pronto, a empresa, aguardando apenas a liberação do IMA [Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina] em relação às licenças ambientais”.
Fonte: G1 SC