Abril 8, 2019
A prévia da inflação de março acelerou para 0,54%, puxada pelo aumento nos preços dos grupos de alimentos e de transportes. É a maior variação em um mês de março desde 2015, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo IBGE.
O IPCA-15 acumulado nos 12 meses pulou de 3,73% para 4,18% entre fevereiro e março deste ano. O acumulado do primeiro trimestre (IPCA-E) ficou em 1,18%.
O feijão carioca, que subiu 41,44% entre 13 de fevereiro a 15 de março de 2019, e outros itens importantes da cesta básica, como tomate (+16,73%), frutas (+2,73%) e leite longa vida (+2,35%) contribuíram para aumentar o impacto da inflação no orçamento das famílias brasileiras.
No grupo dos transportes, os dois principais impactos vieram de passagens aéreas, que aumentaram 7,54%, apesar do empresariado do setor ter dito que, com a cobrança para despachar bagagens, os preços iriam cair; e do etanol, com alta de 2,64%. Após três meses de queda, a gasolina registrou ligeira alta de 0,28%. Ainda em Transportes, destaca-se o resultado de 0,73% dos ônibus urbanos, que tiveram reajustes de tarifas em Porto Alegre, Recife, Curitiba, Rio de Janeiro e Fortaleza.
Apenas artigos de residência (-0,23%) e comunicação (-0,19%) apresentaram deflação na prévia de fevereiro para março. Em comunicação, a variação negativa do mês deveu-se à queda no preço dos aparelhos telefônicos (-1,86%) e ao item telefone fixo (-0,50%), por conta da redução média de 7,50% no valor das tarifas de fixo para móvel.
Preços sobem em todas as Regiões do país
O IPCA-15 registrou alta nos preços em todas as 11 Regiões do país pesquisadas. O maior índice foi em Fortaleza (0,92%), em função da alta nos preços da gasolina (5,92%). O menor resultado foi na região metropolitana de Salvador (0,29%).
Metodologia
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 13 de fevereiro a 15 de março de 2019 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de janeiro a 12 de fevereiro de 2019 (base).
O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
(Fonte: CUT, com apoio Agência IBGE)